Monólogos e Diálogos

 

"Há gente que fica na história
da história da gente (...)

(...)

Ai... meu choro de moça perdida

gritava à cidade

que o fogo do amor sob chuva

há instantes morrera

 

 

A chuva ouviu e calou

eu segredo à cidade

E eis que ela bate no vidro

Trazendo a saudade".

Saudações virtuais

 

 

Hoje...

 
... sorriste para mim. Numa fotografia, eu sei... Tu não sabes, mas sorriste para mim. Como naquela altura... E os nossos olhos brilharam em conjunto; os teus para brilharem ainda mais sorrindo e os meus pela chuva que ameaçou e controlei. Hoje, especialmente, não precisava deste sorriso; especialmente hoje era bom que esse sorriso não me tivesse invadido. Contudo, invadiu... e levou-me a sorrisos que já deviam estar arrumados e guardados. Que espreitaram da caixa onde estão arquivados e para onde têm de voltar rapidamente para dar lugar a outros. Especialmente hoje: NÃO! No entanto, too late.


A  partir de hoje...

 
... a minha disponibilidade mudou radicalmente;

... a minha postura também;

... as ligações ficam cingidas a quem o merece;

... pensarei muito mais que duas vezes, muito mais que três vezes, muito mais do que algum dia poderia imaginar antes de um singelo "sim";

... o "Não" ganha um significado diferente e mais duro, muito mais duro;

... vou estar demasiado ocupada.

... o "não" ganha um contorno diferente e muito mais, mas muito mais significativo.

... é a vida.

Saudações virtuais

 

 

(O Meu) Ensaio sobre José Saramago

 
Eu gosto dos livros de Saramago; reconheço nas suas histórias e estórias uma genialidade e ternuras extraordinárias; algumas mais cruas com laivos de momentos comoventes, mas sempre com uma mensagem fantástica. Li vários, não todos, os livros do Nobel Português da Literatura. Gostei, muito, gostei sempre muito dos livros que li deste senhor que fez, na minha opinião, muito, pela língua portuguesa. Foi sempre como escritor que me interessou, pela sua obra, pela diversidade de temas, pela formar cruel, ou não, como nos apresentou a realidade e pelos momentos doces que também nos proporcionou.

Para ele uma grande ovação de pé, palmas, palmas, muitas palmas e mais palmas. Mais do que aquelas que recebeu quando regressou a Portugal depois de ter recebido o Prémio Nobel entregue pela Academia sueca, em 1998.

Sempre respeitei as suas convicções, pensamentos e opiniões, contudo nem sempre as defendi com ele.

Sou sem dúvida uma apaixonada pela forma como escreve e como nos faz pensar.Tal como a mana "Fico a pensar nos livros que não lhe chegaram a sair do cérebro..."

 

 

 

 

Eu fui...

 
... e ainda bem que o fiz!Balanço: EXTREMAMENTE POSITIVO!!!
Foi um final de tarde e início de noite fabulosos e extraordinários. Rodeada de bons amigos, num espaço ao ar livre, com muito movimento, muita gente, muita alegria e música, muita música. :-) Não dá para resumir uma noite destas, porque não existem palavras que cheguem para qualificar o quão bom foi. O cartaz tinha dois grandes destaques: a grande Alanis e os fabulosos Jon Bon Jovi. Mas houve mais, atentem só:
 

- Skank - uma excelente banda brasileira. Por opção não vi o concerto todo deles, mas os cerca de trinta minutos a que assisti foram fabulosos. Não me surpreenderam, porque já tinha visto parte de um outro concerto deles há dois/três anos no Pavilhão Atlântico. Um som muito bom, muita animação e uma multidão em festa e euforia. Estes brasileiros arrasaram e bem. :-) E para quem não sabe, é uma banda rock e não tem nada, mas mesmo nada a ver com o movimento "tira o pé do chão" :-)
 

- Alanis Morissete: mais cheinha e loira, foi assim que esta cantora canadiana se apresentou no Palco Mundo, da edição deste ano do RiR. ADOREI!!! Por falta de oportunidade, nunca a tinha visto, mas essa falha foi colmatada e volte ela sozinha e em nome próprio que lá estarei para a voltar a aplaudir. Foi muito, muito bom e foi fantástica a versão revista e actualizada do seu maior êxito Ironic: "it's meeting the man of my dreams and then meeting his beautiful... husband". Tão aplaudida foi que cheguei a pensar no facto de esta situação já ter acontecido a algumas das presentes no Parque da Bela Vista. Nos dias que correm, não me admira mesmo nada. Mas adiante que atrás vem gente. Finda a actuação da Morissete estava mais do que na hora da paparoca que a malta dança e pula, mas também tem de recuperar energias.

- Alejandro Sanz: enquanto ele berrava, gritava, sofria e se lastimava da sua vida nós deliciávamo-nos com o belo do menu da KFC. E que bem que soube. O que não soube tão bem foi ter de levar com grande parte do concerto do espanholito de forma a arranjar um lugar decente para assistir ao grande acontecimento da noite. Relativamente a este Alejandrito tenho alguns conselhos, que deixo aqui. Nunca se sabe se o moço não passará por aqui em resultado de uma busca pelo seu nome no Google: "Alejandre, filho: apesar de tudo a vida é bela. Não sofras tanto, rapaz. Faz por te divirtires um 'cadinho! Sai com os amigos, conversa, ouve boa música (esquece a tua, por favor) e, sobretudo, ri-te muito porque é mesmo o melhor remédio. Mas deixa-te de gritaria e esganiçadaria que ainda deixas alguém surdo e depois serás responsabilizado pelos tratamentos do recém-surdo. Vá lá, deixa-te disso e vai trabalhar a sério. A malta perdoa-te esta distracção, mas agora chega sim? POR AMOR DE DEUS E DE QUEM MAIS TU QUISERES!!!"

- Jon Bon Jovi: já os tinha visto da última vez que cá estiveram: faz 13 anos. FOI ESTRONDOSO!!! O homem está melhor que melhor e aquelas músicas todas são e serão sempre eternas. Foi um CONCERTAÇO, mas um SENHOR CONCERTAÇO!!! Estiveram lá os maiores mega-êxitos e todos cantámos como se não houvesse amanhã, não tivesse havido ontem e aquele momento fosse terminar ali. Mais um concerto para juntar aos muitos que têm preenchido a minha vida musical. Deu-me ideia que ele ficou com vontade de voltar e eu com muita, mas muita mesmo de o voltar a ver. Jamais esquecerei a imagem do John envergando a camisola da Selecção Portuguesa de Futebol (sim, que vem aí mais um Euro e eu espero ter tempo parta escrever muito sobre o apoio que volto a dar aos nossos rapazes).

A noite terminou em grande e muito, muito bem.

Obrigada mãe, pelo ticket, que teria comprado se tu não o tivesses. Valeu tanto, mas tanto que te lembrasses de mim. :-) Há amizades bonitas, a nossa é-o concerteza!!! :-)

Saudações virtuais

 

 

 

 

Regras da Sensatez

 
De acordo com a canção que dá título a este post, da dupla Veloso/Tê, (que é a minha preferida dos dois maiores da canção em Portugal) nunca devemos voltar ao lugar onde já fomos felizes. Sempre concordei, mas, às vezes, há que subverter as regras e quando se sabe fazê-lo então o regresso pode ser muito, mas muito bom. Ouso dizer: delicioso!!! Voltei e fui felicíssima. Obrigada à excelente companhia que levei comigo por fazer parte do coração azul desta menina. :-)

Saudações virtuais

 

 

 

O fechar de um ciclo...

 

"(...)
tento esquecer a mágoa
guardar só o que é bom de guardar

(...)
 

diz-me que vais guardar e abraçar
tudo o que eu te dei
(...)
Mesmo que a vida mude os nossos sentidos
e o mundo nos leve pra longe de nós
e que um dia o tempo pareça perdido
e tudo se desfaça num gesto só

Eu vou guardar cada lugar teu
ancorado em cada lugar meu
(...)"

 

 

Das ironias da vida (1)

 
Se eu te contasse, tenho a certeza, não ias acreditar. Of all people in the world I ended up talking with the one you warned me all about. E sabes que mais? O erro deve ter sido teu e eu fiquei a ganhar nos dois sentidos, fico com o melhor de duas pessoas. Lucky me!!!

Saudações virtuais

 

 

 

40 anos de vida em comum

 

É uma vida de partilha de momentos, de histórias, de emoções, de alegrias, de perdas e, sobretudo, de ganhos!!! Para mim, é um exemplo extraordinário e dos poucos qua ainda me faz acreditar que é possível e vale a pena. O meu obrigada por um dia terem tido a fantástica ideia de se unirem e de nos formarem. Parabéns aos meus pais por 40 anos de casamento!!!

 

Saudações virtuais

 

 

 

 

O casamento do meu melhor amigo ***

 
Chorei. Ri. Cantei. Dancei. Conversei. Emocionei-me. E acima de tudo assisti à união de duas pessoas que se amam muito e a quem desejo um futuro cheio de felicidade e alegrias com o equílibrio e ponderação necessários numa relação a dois.

Casou um grande amigo de infância, aquele a quem chamo "mano" e que me chama "mana". Ainda me lembro do primeiro dia em que o vi, tão pequenino e hoje está mais alto que eu. Já vivemos tantas aventuras juntos, já fizémos tropelias, já tivémos os nossos desentendimentos, já chorámos juntos, já rimos até ao limite (se é que isso existe!) juntos e temos um álbum de recordações comum que nunca iremos esquecer e sempre nos acompanhará (o exagero é propositado).

Hoje o meu mano passou para o clube dos casados acompanhado da sua princesa, uma amiga que ganhei nos últimos tempos. Os dois espelhavam felicidade e amor em cada gesto, em cada olhar, em cada sorriso e em cada beijo. Tive a honra de ser madrinha do noivo e assumi o meu papel com muito orgulho e alegria. Para eles tudo de bom, tal como disse no início deste post.

O casório correu como tantos outros: muita comida, muita alegria, muita música (ai, os gloriosos anos 80, do século XX), muita dança, muito convívio (conheci pessoas fantásticas), muita boa disposição e uma temática. O cinema, porque os noivos são verdadeiros cinéfilos. O convite era um DVD com excertos de vários filmes e as mesas, onde nos sentámos, estavam identificadas com DVD's de diversos filmes. A minha, ah pois claro: "O Padrinho". E, felizmente, não apareceu nenhuma cabeça de cavalo em lado nenhum. :-)

Gosto tanto, mas tanto de vocês que até vos perdoo o facto de terem ido casar praticamente à porta do estranho mundo onde trabalho.

Agora, façam-me o grande favor de serem felizes e de me deixarem assistir a essa felicidade sossegadinha aqui no meu canto.

Fico à espera do sobrinho/a para eu poder estragá-lo/a com mimos enquanto vocês tentam educá-lo/a.


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