O periódico científico como

13/06/2010 01:04

1".desenvolvimento2 , mostra que isso não se375uma revisão de literatura3.345.6.4. Por essas3,4,7.37.no processo deopinion polis com3,8.referee (26%) e das normas9.10.Ci. Inf., Brasília, v. 25, n. 3, p. 375-382, set./dez. 199611,12.13.papers".14.apud Mulkay afirma que os15,16.papers citados incluídos na17.18.referees e autores.19.científico: a literatura1720.21.22. Trata-se destatus,23,24.25,26.27.da ciência. Esse papel, segundo28. O papel deé mais difícil de desempenhar29.referees ou de outras posições29.6.big science e as de orientaçãoafirma Mulkay, sem falar na30.31. A outra,32.6.32.referees são escolhidos com basereferees, por estar33.379de comunicação: uma revisão de literatura34.35.36.34.37,38.Ci. Inf., Brasília, v. 25, n. 3, p. 375-382, set./dez. 1996Communication: theOxford: Pergamon,desenvolvimento daanálise histórica, filosófica,Little science, big science.Conhecimento público. Sãosociologia e ideologiaJournal ofv.10, n.1, p.37-Americanp. 195-201, July, 1963.Journal of Researchn.3, p.99-110,Federationn.29, p. 1595-1604, 1970.Journal ofv.3,Journal of Informationn.3, p. 13-26, 1981.Internationalv.4, n.3, p. 279-312,CommunicationThe scientificAmericann.32, p.391-403,Science, technology and society,American Journal of Sociology\Current Contents1Informationv.2, n.2,SociologiaRio de Janeiro:v.5,e Cultura, v.35, n.10, p.1442-Sociologia. SãoDados: Revista deRio de Janeiro: IUPERJ,RioJournals ofv.3, n.5, p.211-26,Jerusalém: D. Reidel, 1978.Americanv.2, p. 195-201, Nov. 1967.Journal of Researchv3, p.37-45,Science,a crossdísciplinaryCharactristicsBudapest:The scientific; aandHerald of Library Science,EstruturaRio de Janeiro:apoio governamental às publicaçõesRio381em estudo de caso: oAlgumasRio de Janeiro: InstitutoModelo para avaliaçãoAvaliação de periódicosRio de Janeiro. UFRJ-IBICT,Ci. Inf., Brasília, v. 25, n. 3, p. 375-382, set./dez. 1996

ARTIGOS

 

O periódico científico como

veículo de comunicação:

uma revisão de literatura*

 

Dely Bezerra de Miranda

Maria de Nazaré Freitas Pereira

 

Resumo

 

Estudo da participação do periódico no

processo de comunicação científica, suas

características e os fatores que afetam esse

processo. A análise é feita a partir do

entendimento do periódico tanto como

transferidor de conhecimento, quanto o de

oportunizar a comunicação entre os pares

de uma comunidade científica. A estes se

agrega a análise das atividades associadas

à disseminação que conferem aos

periódicos e aos pares a projeção

necessária à sua visibilidade no meio social

em que eles se inserem.

 

Palavras-chave

 

Comunicação científica; Periódico científico.

 

INTRODUÇÃO

 

Este trabalho não pretende realizar o

mapeamento da extensa literatura de

comunicação na ciência, mas compreender

o periódico científico como

veículo formal de comunicação em suas

duas vertentes - a de comunicação do

conhecimento e a de comunicação entre

os pares da comunidade científica.

A partir da comunhão destes dois aspectos,

o periódico científico é observado

no que respeita à visibilidade e credibilidade.

Complementando essa análise,

traça-se um programa das práticas

e padrões de comportamento dos

pesquisadores (autores) diante do processo

de comunicação na ciência.

Limita-se o estudo à análise do periódico

em sua forma impressa tradicional e

à situação vigente até o final dos anos

80, quando o periódico eletrônico, que

não é o objeto desta pesquisa, ainda se

encontrava em seus primórdios.

 

O PERIÓDICO CIENTÍFICO

 

A comunicação científica pode ser definida,

segundo Garvey, como "o conjunto

de atividades associadas à produção,

disseminação e uso da informação,

desde o momento em que o cientista

concebe uma idéia para pesquisar, até

 

* Este artigo origina-se da dissertação de

mestrado em ciência da informação "O periódico

científico como veículo de comunicação do

conhecimento e entre os,pares: o caso da

ciência econômica brasileira", apresentado em

1989 à Escola de Comunicação da Universidade

Federal do Rio de Janeiro, em convênio com o

Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e

Tecnologia, sob a orientação acadêmica da

professora Maria de Nazaré Freitas Pereira.

 

que a informação acerca dos resultados

seja aceita como constituinte do conhecimento

científico

Como conjunto de atividades que interferem

na produção, pode-se entender:

- as que contribuem para viabilizar um

produto enquanto veículo (suporte físico)

de comunicação do conhecimento;

- as que se refletem no produto e nos

dão elementos para inferir acerca da

comunicação entre os pares de uma

comunidade científica (aqui a comunicação

não se infere pela interação,

mas pelo produto desta - os artigos

científicos).

Por sua vez, como atividades associadas

à disseminação, pode-se entender

aquelas que conferem tanto ao produto

quanto aos produtores a projeção necessária

à sua visibilidade no meio

social em que produto e produtores se

inserem.

Dois tipos particulares de produtos estão

sendo valorizados pela comunidade

científica desde os primórdios de sua

história: a) congressos e reuniões científicas;

b) o periódico científico.

O periódico científico - objeto de interesse

deste trabalho -, criado em 1665,

transformou-se, de um veículo cuja

finalidade consistia em publicar notícias

científicas, em um veículo de divulgação

do conhecimento que se origina das

atividades de pesquisa.

Price, em seu livro O

da ciência

deu automaticamente, e um longo

caminho foi percorrido até que o

Ci. Inf., Brasília, v. 25, n. 3, p. 375-382, set./dez. 1996

 

O periódico científico como veículo de comunicação:

 

periódico assumisse sua feição atual.

A publicação de artigos curtos por

autores individuais foi uma evidente

inovação na vida da ciência e, como

todas as inovações, encontrou nos

cientistas uma resistência considerável.

A transformação do artigo científico em

sua forma atual não se completou senão

acerca de um século atrás. O que havia

anteriormente era muita publicação de

"notícias científicas".

O periódico igualmente se diversificou

e ao tradicional veículo de comunicação

de artigos vieram juntar-se outros como

o de resumo, o de alerta corrente, o de

cartas, e o de revisão e síntese da literatura.

Outra transformação igualmente

significativa para a comunicação científica

foi seu crescimento exponencial e

fragmentação em áreas cada vez mais

especializadas

Como veículo de comunicação do

conhecimento, o periódico cumpre

funções de registro oficial público da

informação mediante a reconstituição de

um sistema de editor-avaliador e de um

arquivo público - fonte para o saber científico

 

. Segundo Merton, o registro do

conhecimento cumpre ainda importante

função de estabelecimento de prioridade

da descoberta científica - fator importante

na motivação do cientista

Ele cumpre, entretanto, também outra

importantíssima função, qual seja, a de

definir e legitimar novas disciplinas e

campos de estudos, constituindo-se em

um legítimo espaço para institucionalização

do conhecimento e avanço de

suas fronteiras

Como veículo de comunicação entre os

pares, Ziman afirma que o periódico

científico cumpre funções que permitem

ascensão do cientista para efeito de

promoção, reconhecimento e conquista

de poder em seu meio

razões e por outras que passaram a

fazer parte da sociologia da ciência, o

ato de publicar artigos é exigido pelos

pares como prova definitiva de efetiva

atividade em pesquisa científica

Outra importante função é a disseminação

de informações para os

cientistas: históricas, metodológicas,

pedagógicas etc. Porém, por conta da

explosão bibliográfica, Price e

Herschman afirmam que a função de

disseminação tornou-se cada vez mais

dependente das funções de recuperação

que passaram a ser desempenhadas

pelos periódicos secundários

(de alerta e de resumo). Para tanto,

desenvolveu-se uma organização paralela

em torno das revistas de resumos e

de alerta que experimentam crescimento

exponencial proporcional ao dos

periódicos primários

As funções de disseminação e de recuperação

desempenham papel importante

para a visibilidade tanto do

periódico, quanto de seus autores e

editores.

Para cumprimento de todas essas funções,

é necessário, primeiro, que os

periódicos se estabeleçam e, segundo,

que se consolidem. Isso não se dá, todavia,

sem a presença de uma comunidade

científica e sem o fomento das suas

atividades de pesquisa. Portanto, o maior

ou menor desenvolvimento desse veículo

de comunicação dependem:

- do estágio de desenvolvimento da área

científica cujas idéias eles veiculam;

- de uma comunidade engajada na

atividade de pesquisa e da afluência de

artigos para publicação;

- da existência de grupos e instituições

que desempenham funções típicas de

edição, avaliação, publicação, disseminação

e recuperação;

- da existência de mercado representado

por uma comunidade de

usuários que o legitimem;

- de infra-estrutura para distribuição,

recuperação e acesso às informações.

É fato que tais condições encontraramse

presentes nos países de tradição

científica consolidada. A riqueza temática

da literatura de pesquisa em

comunicação científica é um indicador

do que aqui se afirma. Estudos sobre

diversos componentes

comunicação e dos fatores aí intervenientes

são uma constante.

Em um quadro crescente de produção

científica que se materializa principalmente

em artigos, a avaliação do periódico

e da comunidade de pesquisa é

uma exigência de mercado.

Ilustram tal afirmação alguns exemplos

cujo objetivo é destacar aspectos de

interesse para esta análise.

De um lado, tem-se o desenvolvimento

de modelos mais abrangentes que

agregam as características intrínsecas

do periódico e o fator de impacto; de

outro, apenas a aplicação do fator de

impacto - um indicador de prestígio -

que se utiliza de

especialistas ou de análise de citações.

Este último é um dos aspectos de

razoável concentração na literatura

Modelos que incorporam critérios de

qualidade operacionalizam-se pelo

exame direto do periódico e pela

freqüência de citação dos artigos aí

publicados, nele mesmo, ou em outros

periódicos, seu fator de impacto.

Os critérios que se originam da análise

extrínseca incluem a publicação com

clareza, nos fascículos, os fundamentos

do periódico, bem como os procedimentos

e normas que interferem no

controle de qualidade pelos pares. A natureza

do editor- sociedade científica,

instituição de ensino/pesquisa, comercial

- é igualmente levantada e avaliada.

O trabalho de Anderson e Goldstein

demosntra que a aplicação desses

critérios de qualidade para exame de 88

periódicos na área médica norteamericana

é revelador: grande provimento

de instruções aos autores (95%),

mas fraca descrição do funcionamento

do sistema de

de aceitação e rejeição de manuscritos

para publicação (95%). A maioria

dos títulos (70%) é de responsabilidade

das sociedades científicas, e o maior

fator de impacto ocorre entre os títulos

que declararam os critérios de aceitação

e rejeição de trabalhos

Outros critérios têm sido sugeridos, por

exemplo, como a regularidade de

publicação e a indexação em fontes

secundárias

Entretanto, como a avaliação de um

periódico não se dá em seus primeiros

anos de vida, a regularidade e a indexação

- duas constantes após seu estabelecimento

no mercado - não têm sido

incluídas com freqüência.

 

376

 

O periódico científico como veículo de comunicação: uma revisão de literatura

 

O PERIÓDICO CIENTÍFICO COMO

INDICADOR DE PRESTÍGIO E

RECONHECIMENTO

 

Outro aspecto sobre o qual a literatura

da área tem dedicado razoável atenção

é o prestígio do periódico científico.

Segundo Arunachalan e Lancaster,

tradicionalmente o prestígio tem sido

inferido a partir do fator de impacto do

periódico. Este último tem sido um dos

instrumentos mais empregados na atualidade

- a própria base de dados do

Institute for Scientific Information tem

permitido o incremento desses estudos

-, e as pesquisas têm ido além do

fator de impacto como medida de

visibilidade e de avaliação do periódico.

A avaliação da atividade científica em

geral e das disciplinas ou grupos em

particular, isolada ou comparada entre

áreas, instituições e países, tem sido

uma constante

As pesquisas sobre a atividade acadêmica

registrada em periódicos apontam

para um sistema altamente estratificado

em que a produtividade e o prestígio estão

concentrados em uma pequena, mas dominante,

elite de autores e instituições

É preciso que se considere que este

quadro é influenciado por duas síndromes:

a do "publique ou pereça" e a

sua contraparte, "seja citado ou desapareça",

duas constantes na "indústria

dos

 

Para Hagstrom, a influência da busca

do reconhecimento entre os pares na

carreira de um cientista é algo que tem

sido avaliado indiretamente. Dificilmente

o cientista reconhece que ele busca

o reconhecimento, preferindo apontar a

busca do conhecimento e a solução de

problemas concretos como suas

maiores recompensas

Nesse sentido, o estudo das publicações

científicas pode revelar situações

em que a busca de reconhecimento

se faz deliberadamente presente.

Mais uma vez, é o estudo da produção

da elite científica que pode indicar a

presença ou não de tal influência.

 

A QUESTÃO DA AUTORIA

 

Zuckerman

artigos publicados em colaboração

conferem mais crédito ao autor citado

em primeiro lugar. Partindo de tal

pressuposto, o exame de publicações

de autoria coletiva de cientistas com

Prêmio "Nobel" revela que, nos primeiros

anos em que se estabelece a reputação

acadêmica, tais cientistas ocupam

a primeira posição na autoria. Após o

prêmio, a situação se transforma

Tal fato, entretanto, parece ter muito

pouca influência sobre a incorporação

das publicações dos "Nobel", via citação,

nas contribuições de seus pares.

Segundo estudo realizado por Garfield,

entre os 125 cientistas ganhadores do

"Nobel", 104 (83%) escreveram pelo

menos um artigo que recebeu 300

citações ou mais. Artigos com esse

volume de citações são considerados

clássicos e, no período 1965-1984,

apenas 10 mil artigos (0,04% dos 23

milhões de

base do ISI) receberam esse volume de

citações

Contudo, o estudo do periódico científico

via seus artigos pode mostrar

ainda que, por trás da prática de

autoria coletiva, outros fatores, e não

apenas o reconhecimento, estejam-na

influenciando.

Uma mudança na forma de autoria foi

detectada por Gupta em estudo bibliométrico

sobre a Aids, que pretendeu

estudar as tendências da produtividade

de autores dessa especialidade,

considerando que fatores como o

interesse inicial dos pesquisadores e o

crescimento de financiamento governamental

para esse gênero de pesquisa

proporcionaram o aparecimento de

grande número de trabalhos de autoria

conjunta. A contagem da freqüência de

autores é feita para estudar as tendências

de colaboração: somente 25%

dos trabalhos (de um total de 316) são

de autoria única e os 75% restantes são

de autoria institucional ou coletiva. Isto

revela que o trabalho de pesquisa é baseado

quase que exclusivamente em

obras institucionais e em colaboração,

parecendo estar se revertendo o padrão

de autoria anteriormente existente na

área

Não deixa de ser sintomático que parte

dessa literatura se inscreva na tradição

mertoniana da sociologia da ciência.

Crane afirma, por exemplo, que parte da

produção dos anos 60 apontava para a

prevalência de instituições de grande

prestígio acadêmico sobre as de baixo

prestígio, sugerindo que a avaliação de

artigos científicos poderia não ser

totalmente objetiva. A revisão desses

estudos, acrescida de uma pesquisa

empírica sobre instituições de titulação

do Ph.D., tanto de autores quanto de

editores, reconhece que a avaliação dos

artigos científicos é afetada pelo compartilhamento

entre

Na maioria das vezes, ambos tinham as

mesmas instituições de origem de pósgraduação

- pontos de vista em comum

baseados no treinamento, e não em laços

pessoais

Entretanto, nos anos 80, boa parte da

literatura tem investido contra o sistema

de revisão pelos pares e o próprio

 

establishment

prolifera em trabalhos com opiniões e

experimentos negativos e aponta para

o funcionamento do sistema de revisão

pelos pares contra os autores de

instituições de baixo prestígio

Ainda com respeito à autoria coletiva,

Giambiagi e Giambiagi alertam que é

preciso que se atente para o fato de que

sua prática nem sempre revela a maneira

compartilhada de se fazer ciência.

Algumas vezes "essa pluralidade traduz

apenas uma troca de favores que têm

pouco a ver com umacooperação"

 

A ÉTICA PROFISSIONAL

 

Uma questão candente na atualidade

tem sido a fraude científica, tanto por

parte de autores quanto de seus avaliadores.

A imprensa e periódicos especializados

têm dedicado espaço ao

exame do assunto.

Casos de fraude ocorrem até em instituições

de grande prestígio acadêmico,

como Harvard e Cornell, e a área médica

tem sido uma das mais expostas. Em

razão disso, a questão ética tem fundamentado

a revisão de novos procedimentos.

Uma reconsideração significativa

para os pesquisadores de Harvard

é que os pesquisadores evitem a "autoria

honorária", pela qual cientistas que tiveram

pouquíssimas ou mesmo nenhuma

Ci. Inf., Brasília, v. 25, n. 3, p. 375-382, set./dez. 1996 377

 

O periódico científico como veículo de comunicação: uma revisão de literatura

 

participação em uma pesquisa assinem

artigos para engordar seus currículos -

uma síndrome que no Brasil os economistas

conhecem como a "síndrome do

cogumelo".

Segundo Garfield, alguns autores, ao

distinguirem entre fraude e outras

atitudes desonestas, parecem atribuir

um peso maior à fraude e enfatizam

que a pesquisa científica sobre a

matéria não é freqüente e o que prolifera

são editoriais, cartas, comentários

e trabalhos opinativos

claro indicador de que o comportamento

científico está longe de

pautar-se pelo modelo normativo

mertoniano.

 

O SISTEMA DE AVALIAÇÃO PELOS

PARES

 

Ante os últimos acontecimentos, que

não são assim tão recentes, Bourdieu

e Magala mostram que a comunidade

científica apresenta-se, isso sim, engajada

em uma luta concorrencial na qual

está em jogo o monopólio da autoridade

científica, considerada ao mesmo tempo

como capacidade técnica (competência)

e poder social (reconhecimento,

 

origem social)

Tal fato tem levado editores, avaliadores

e representantes de agências de fomento

à busca de saídas para o sistema de

avaliação pelos pares à luz do novo

quadro antiético, pequeno diante da

magnitude do empreendimento científico,

mas nem por isso menos chocante

e preocupante. Questões morais não

podem ser apreciadas matematicamente.

Entretanto, ao lado das questões da

avaliação dos periódicos, do que eles e

seus autores produzem e da reavaliação

do sistema de avaliação - quem

avalia os avaliadores? O outro tópico

de grande interesse diz respeito aos

editores, seu perfil profissional, interação

com autores, avaliadores e suas

posições de mercado. Levithan e

Singleton discutem, por exemplo, a

importância da presença no mercado

das sociedades científicas e de seu

perfil complementar ante os editores

privados, custos, enfim, aspectos de

economia da publicação periódica

 

O PAPEL DO EDITOR

 

A literatura sobre os editores enquanto

agentes do processo de comunicação

é atualmente representativa, segundo

Balaban, principalmente se considerarmos

artigos que se fundam na prática

editorial, e não, propriamente, na

pesquisa. Dos encontros especializados

e que reúnem cientistas e profissionais,

tem-se originado grande

parte das contribuições

Editores desempenham papel central

no processo de comunicação na ciência.

A maior parte das decisões a

respeito do conteúdo dos periódicos

científicos é tomada pelos editores, e

muito se têm indagado a respeito do seu

papel.

Um dos papéis mais discutidos é o de

 

gatekeeper

Crane, é aquele que se traduz

pela função intermediária desempenhada

pelo editor entre autores e

leitores no que concerne à seleção do

que o público vai ler

 

gatekeeper

nas ciências sociais, em que as

decisões e as normas são mais subjetivas.

É difícil decidir o que é qualidade

e o que não é. Para Munters, qualidade

não é apenas uma questão de exatidão

Eles funcionam não apenas como

intermediários entre autores e o públicoalvo,

mas, principalmente, como integradores

de interesses diversos: de

autores, do público, do publicador, da

gráfica, do periódico, da disciplina científica

e dele mesmo.

Neste processo, editores são igualmente

assessorados por seus pares

enquanto membros do corpo editorial na

forma de

que complementem o papel do editor.

Nesse sentido, o editor não é um livre

empreendedor.

A formação dos editores é provida pela

própria prática, e o importante é o

conhecimento da área de pesquisa, e

não o profissional relativo à publicação,

pois sua principal tarefa é o controle de

alta qualidade. O tempo necessário para

obter experiência é longo, cerca de oito

anos

A atividade raramente é remunerada e,

na maioria das vezes, o editor concilia

sua função de professor e pesquisador

com as funções típicas de edição de

periódicos

 

O COMPORTAMENTO DO PERIÓDICO

CIENTÍFICO NAS CIÊNCIAS SOCIAIS

 

A literatura de pesquisa científica privilegia

as áreas de

 

hard,

concentração em características do

processo nos países desenvolvidos

Nesse sentido, estudos de caso e de

situações peculiares dos países em

desenvolvimento são importantes, por

questionarem o modelo geral.

Três importantes contribuições afloram

na área de ciências sociais: as

resultantes dos projetos Desing of

Information Sistem in the Social

Sciences (DISISS) e Information

Requirements of the Social Sciences

(INFROSS), 1968-1970, de caráter

primário, em que, ao conhecimento da

oferta de informação em ciências

sociais, juntou-se o de sua demanda,

conforme demonstra Haart

de caráter secundário, de Lindsey, é útil

na compreensão do sistema de publicação

científica nas ciências sociais

E a última, de Altbach, sobre periódicos

nos países em desenvolvimento

O projeto DISISS (1973-1975) mapeou,

pela primeira vez e em nível mundial, o

tamanho e a composição da literatura

em ciências sociais comparativamente

a áreas de ciência e tecnologia.

Tomando por base o ano de 1970 e as

estatísticas da Unesco - problemáticas

algumas vezes -, os índices encontrados

revelam que monografias e artigos

nas ciências sociais têm praticamente

a mesma expressão quantitativa: a

média é de 1.08 artigos para uma

monografia. Muito diferente da ciência

e tecnologia, que apresenta a média de

oito artigos por monografia.

Outro dado igualmente significativo é o

que diz respeito às publicações periódicas

nas ciências sociais:

• A literatura primária apresenta-se com

2 670 títulos correntes, e há grande

descontinuidade na edição, contra 123

mil na ciência e tecnologia.

378 Ci. Inf., Brasília, v. 25, n. 3, p. 375-382, set./dez. 1996

 

O periódico científico como veículo de comunicação: uma revisão de literatura

 

• A literatura secundária (índices e

bibliografias) apresenta-se com grande

número de pequenos serviços cujo

crescimento é maior do que o da literatura

primária; na ciência e tecnologia

há um pequeno número de grandes

serviços.

• A literatura terciária - artigos de revisão

- apresenta apenas 2% de toda a

literatura; a relação é de um artigo de

revisão para 133 artigos primários. Em

áreas de ciência e tecnologia, a relação

é de 1 para 45. Em 17 artigos, 16 referem-

se a áreas de ciências e tecnologia

e uma às ciências sociais.

Quanto ao uso de informação - projeto

INFROSS - os resultados revelam baixo

uso de fontes secundárias e de

bibliotecas e pouca citação de artigos

comparativamente a seu uso. A principal

dificuldade é a de acesso físico aos

documentos.

Ainda tendo como foco as ciências

sociais e compartimentais, a síntese de

vários estudos realizada por Lindsay

demonstra o quanto o sistema de

publicação segue padrões próprios no

que respeita a vários aspectos

O processo de controle de qualidade,

por exemplo, é mais afetado por

critérios não científicos do que o de

outras áreas científicas, contradizendo

o modelo normativo mertoniano. A falta

de paradigma e de consenso dificulta o

julgamento, além do fato de essas

ciências terem como objeto de suas

investigações a realidade social, o que

pode introduzir o viés ideológico no

julgamento.

A taxa de rejeição é em torno de 80% e

também é afetada por falta de espaço

nas revistas, conseqüência do pouco

apoio financeiro do governo para programas

de publicações da área: os artigos

na sociologia e na economia são 30%

mais longos que nos outros campos.

A falta de paradigma e de consenso,

aliada à falta de espaço nas revistas e

à grande competição, torna as ciências

sociais mais vulneráveis a atitudes

antiéticas.

Os corpos editoriais das revistas de

sociologia e de psicologia são compostos

por especialistas que contribuem

substantivamente para a área e

são igualmente muito citados, exceção

para a área de serviço social.

Os

na excelência acadêmica, e isso se

reflete no engajamento do controle de

qualidade. A elite dos

muito envolvida com suas pesquisas,

aparece no corpo de avaliadores, conferindo

prestígio ao periódico, mas não

julga os trabalhos.

A aceitação de trabalhos de autores de

instituições de grande prestígio acadêmico

também ocorre nas ciências

sociais.

Contrastando com a física, em que a

aceitação e publicação de artigos se

fazem muito rapidamente, o prazo entre

a submissão e publicação é de cerca de

dois anos. A incorporação imediata dos

seus resultados de pesquisa é largamente

prejudicada por tão longa espera.

Os pareceres de rejeição dos trabalhos,

altamente elaborados, cumprem importante

função pedagógica. Mas a rejeição

pode ser prejudicial à ciência na

medida em que inviabiliza novas

submissões de artigos.

Os padrões de autoria dos artigos apontam

para o isolamento dos pesquisadores

e para a falta de financiamento de

grandes projetos. Na área de economia,

o índice de artigos de autoria única

é de 83% contra 19% da bioquímica.

Porém, os periódicos nas ciências sociais

e nos países em desenvolvimento

cumprem um importante papel, qual

seja, o de institucionalizar o próprio

sistema acadêmico de pesquisa, por ser

esta área orientada para questões e

problemas diretamente relacionados

com esses países levados à necessidade

de publicar no idioma local.

Os editores das revistas estrangeiras

não estão orientados para as questões

desses países, e são poucos os autores

de projeção internacional.

Nas ciências sociais, os custos, comparativamente

ao de outras áreas, não são

tão caros e a tecnologia em que se

apóiam é relativamente simples. É

fundamental o apoio das agências de

fomento, nos primeiros anos de funcionamento

dos periódicos.

As maiores dificuldades dizem respeito

à ausência de uma cultura acadêmica

de publicação. Nesse sentido, os periódicos

precisam primeiro estabelecer normas

e valores culturais, criando condições

institucionais para sua sobrevivência.

Um grave problema é a tendência que

têm as instituições acadêmicas de

estabelecer seus próprios periódicos,

trazendo como conseqüência baixa

afluência de artigos e circulação

reduzida. Um aspecto a ser considerado

é o de sua orientação para áreas

disciplinares com base nacional ou até

mesmo regional, entre vários países.

A literatura sobre comunicação científica

nos países em desenvolvimento, em

geral, e a brasileira, em particular, estão

longe de cobrir a variedade de aspectos

discutidos até aqui por Lindsay.

Primeiro, por se entender que seu

estágio de desenvolvimento acompanha

o desenvolvimento científico, em geral,

e sua colocação em frente da atividade

científica internacional. Não parece haver

muito sentido, na atualidade, tentar

correlacionar-se o prestígio com a

facilidade de leitura dos artigos. É preciso

que se indague primeiro se nossos

periódicos têm prestígio. A qualidade

dos periódicos que emanam dos países

em desei ivolvimento é pobre e está muito

abaixo das normas internacionais,

segundo Gupta e Nathau. É fato que

existem exceções, e os autores apontam

nos países tropicais as áreas de

química e medicina como as que mais

se aproximam dos padrões estrangeiros.

O motivo relaciona-se com o teor

originalidade da pesquisa nessas áreas:

doenças e plantas típicas desses

países. Outro aspecto é a tendência

de os autores desses países publicarem

no exterior para conseguir visibilidade

entre seus pares

Segundo, por ser esta área muito dependente

de dados secundários. Uma base

de dados como a do ISI é imprescindível

para estudos de avaliação em seus

mais variados aspectos. No Brasil, nem

mesmo as bibliografias são instrumentos

correntes. As bases de dados

da Coordenação de Aperfeiçoamento

de Pessoal de Ensino Superior (Capes)

e do Conselho Nacional de Desenvolvimento

Científico e Tecnológico

(CNPq) nem sempre estão atualiza-

Ci. Inf., Brasília, v. 25, n. 3, p. 375-382, set./dez. 1996

 

O periódico científico como veículo

 

das e, no mais das vezes, só coletam,

mas não processam informações e nem

daí derivam dados estatísticos.

É verdade que elas possuem um inestimável

acervo de informações sobre a

pós-graduação no país. É fato também

que essas informações não estão

sendo sistematicamente trabalhadas

para fornecimento de indicadores

quantitativos por área.

 

OS ESTUDOS SOBRE O PERIÓDICO

CIENTÍFICO NO BRASIL

 

É com a pós-graduação em ciência da

informação, em 1970, que os estudos

em comunicação científica se iniciam,

fundamentalmente a partir dos resultados

de pesquisa para fins de suas

dissertações de mestrado. Mas especialistas

de outras áreas têm igualmente

contribuído para o exame da matéria,

principalmente com trabalhos de reflexão

e de pequenas análises sobre o

periódico científico.

Estudos sobre periódicos científicos no

país encontram-se sistematicamente

analisados na contribuição de Costa a

respeito da produção editorial de

periódicos biomédicos brasileiros. Sua

revisão de literatura destaca os problemas

enfrentados pela editoração de

periódicos científicos no pais, em seus

aspectos de qualidade, normalização,

comercialização e distribuição, falta de

apoio institucional e de recursos financeiros,

descontinuidade de suas edições

e ausência de recursos humanos

na área, com o conseqüente amadorismo

presente em sua editoração

Outra pesquisa praticamente confirma

os problemas apontados por Costa.

Trata-se de Oliveira, que faz um estudo

detalhado sobre os periódicos apoiados

pelo Programa de Publicações do CNPq/

Finep. Essas revistas, apesar de serem

consideradas as melhores em suas

áreas de especialização, igualmente

apresentam problemas de normalização,

de falta de apoio financeiro e de

pouca afluência de originais para

publicação. Esses últimos repercutem

na regularidade das edições, pois as

revistas nem sempre cumprem a periodicidade

adotada

O exame do corpo editorial também

integra sua contribuição: a presença

significativa de membros da própria

instituição editora da revista aponta

para a falta de clareza entre os editores,

do papel que estes devem desempenhar

quanto ao controle de qualidade.

O exame de práticas adotadas por editores

de revistas das ciências sociais é

objeto do estudo de Pereira e Gomes.

As taxas de rejeição de artigos entre

as revistas que contam com um sistema

de avaliação aberta são maiores do que

entre as de sistema fechado

Costa ainda afirma, em sua pesquisa,

que, às dificuldades até aqui apontadas,

aliam-se outras que certamente interferem

no conteúdo do que se publica,

como é o caso do alto índice de revistas

editadas por instituições governamentais,

principalmente instituições de

ensino e pesquisa. Entre cerca de mil

títulos editados na área biomédica, 60%

são de responsabilidade destas, contra

apenas 30% de sociedades científicas,

situação bastante diferente dos países

de tradição científica consolidada e que

certamente se reflete no alto índice de

artigos domésticos, isto é, de autores

filiados às próprias instituições editoras

dos periódicos

O conhecimento produzido no país, na

forma de dissertações e teses, que em

muitas áreas de pesquisa ainda é mais

substantivo, não se faz representar nos

periódicos nacionais com a freqüência

necessária á incorporação de novas

contribuições. Os estudos de Pereira e

Souza mostram a baixa participação do

conhecimento produzido em engenharia

química e odontologia, respectivamente

na forma de artigos e periódicos

em revistas especializadas

O fator de impacto dos periódicos

nacionais espelha os problemas até aqui

apontados, aos quais se aliam a falta

de tradição científica no país.

Duas análises, a de Lemos e a de Yahn,

apontam para o baixo impacto dos periódicos

de radiologia e agricultura respectivamente,

entre os periódicos nacionais,

e confirmam ainda que a situação

é peculiar à América Latina.

 

OBSERVAÇÕES FINAIS

 

A principal motivação para este estudo

decorre da necessidade de se conhecer

o sistema de publicações periódicas que

deve ser compreendido por todos

aqueles que integram a comunidade de

pesquisa em cada área acadêmica em

particular: autores, editores, avaliadores

e bibliotecários.

A necessidade de tal compreensão

deve-se a

<data:blog.pageTitle/> */ /* Use this with templates/template-twocol.html */ body { background:$bgcolor; margin:0; color:$textcolor; font: x-small "Trebuchet MS", Trebuchet, Verdana, Sans-serif; font-size/* */:/**/small; font-size: /**/small; text-align: center; } a:link { color:$linkcolor; text-decoration:none; } a:visited { color:$visitedlinkcolor; text-decoration:none; } a:hover { color:$titlecolor; text-decoration:underline; } a img { border-width:0; } /* Header ----------------------------------------------- */ #header-wrapper { width:660px; margin:0 auto 10px; border:1px solid $bordercolor; } #header-inner { background-position: center; margin-$startSide: auto; margin-$endSide: auto; } #header { margin: 5px; border: 1px solid $bordercolor; text-align: center; color:$pagetitlecolor; } #header h1 { margin:5px 5px 0; padding:15px 20px .25em; line-height:1.2em; text-transform:uppercase; letter-spacing:.2em; font: $pagetitlefont; } #header a { color:$pagetitlecolor; text-decoration:none; } #header a:hover { color:$pagetitlecolor; } #header .description { margin:0 5px 5px; padding:0 20px 15px; max-width:700px; text-transform:uppercase; letter-spacing:.2em; line-height: 1.4em; font: $descriptionfont; color: $descriptioncolor; } #header img { margin-$startSide: auto; margin-$endSide: auto; } /* Outer-Wrapper ----------------------------------------------- */ #outer-wrapper { width: 660px; margin:0 auto; padding:10px; text-align:$startSide; font: $bodyfont; } #main-wrapper { width: 410px; float: $startSide; word-wrap: break-word; /* fix for long text breaking sidebar float in IE */ overflow: hidden; /* fix for long non-text content breaking IE sidebar float */ } #sidebar-wrapper { width: 220px; float: $endSide; word-wrap: break-word; /* fix for long text breaking sidebar float in IE */ overflow: hidden; /* fix for long non-text content breaking IE sidebar float */ } /* Headings ----------------------------------------------- */ h2 { margin:1.5em 0 .75em; font:$headerfont; line-height: 1.4em; text-transform:uppercase; letter-spacing:.2em; color:$sidebarcolor; } /* Posts ----------------------------------------------- */ h2.date-header { margin:1.5em 0 .5em; } .post { margin:.5em 0 1.5em; border-bottom:1px dotted $bordercolor; padding-bottom:1.5em; } .post h3 { margin:.25em 0 0; padding:0 0 4px; font-size:140%; font-weight:normal; line-height:1.4em; color:$titlecolor; } .post h3 a, .post h3 a:visited, .post h3 strong { display:block; text-decoration:none; color:$titlecolor; font-weight:bold; } .post h3 strong, .post h3 a:hover { color:$textcolor; } .post-body { margin:0 0 .75em; line-height:1.6em; } .post-body blockquote { line-height:1.3em; } .post-footer { margin: .75em 0; color:$sidebarcolor; text-transform:uppercase; letter-spacing:.1em; font: $postfooterfont; line-height: 1.4em; } .comment-link { margin-$startSide:.6em; } .post img, table.tr-caption-container { padding:4px; border:1px solid $bordercolor; } .tr-caption-container img { border: none; padding: 0; } .post blockquote { margin:1em 20px; } .post blockquote p { margin:.75em 0; } /* Comments ----------------------------------------------- */ #comments h4 { margin:1em 0; font-weight: bold; line-height: 1.4em; text-transform:uppercase; letter-spacing:.2em; color: $sidebarcolor; } #comments-block { margin:1em 0 1.5em; line-height:1.6em; } #comments-block .comment-author { margin:.5em 0; } #comments-block .comment-body { margin:.25em 0 0; } #comments-block .comment-footer { margin:-.25em 0 2em; line-height: 1.4em; text-transform:uppercase; letter-spacing:.1em; } #comments-block .comment-body p { margin:0 0 .75em; } .deleted-comment { font-style:italic; color:gray; } .feed-links { clear: both; line-height: 2.5em; } #blog-pager-newer-link { float: $startSide; } #blog-pager-older-link { float: $endSide; } #blog-pager { text-align: center; } /* Sidebar Content ----------------------------------------------- */ .sidebar { color: $sidebartextcolor; line-height: 1.5em; } .sidebar ul { list-style:none; margin:0 0 0; padding:0 0 0; } .sidebar li { margin:0; padding-top:0; padding-$endSide:0; padding-bottom:.25em; padding-$startSide:15px; text-indent:-15px; line-height:1.5em; } .sidebar .widget, .main .widget { border-bottom:1px dotted $bordercolor; margin:0 0 1.5em; padding:0 0 1.5em; } .main .Blog { border-bottom-width: 0; } /* Profile ----------------------------------------------- */ .profile-img { float: $startSide; margin-top: 0; margin-$endSide: 5px; margin-bottom: 5px; margin-$startSide: 0; padding: 4px; border: 1px solid $bordercolor; } .profile-data { margin:0; text-transform:uppercase; letter-spacing:.1em; font: $postfooterfont; color: $sidebarcolor; font-weight: bold; line-height: 1.6em; } .profile-datablock { margin:.5em 0 .5em; } .profile-textblock { margin: 0.5em 0; line-height: 1.6em; } .profile-link { font: $postfooterfont; text-transform: uppercase; letter-spacing: .1em; } /* Footer ----------------------------------------------- */ #footer { width:660px; clear:both; margin:0 auto; padding-top:15px; line-height: 1.6em; text-transform:uppercase; letter-spacing:.1em; text-align: center; } ]]>

Galeria de Fotos: O periódico científico como

A galeria de fotos está vazia.


https://www.sonico.com/rss/rss_index.php